A RT-One Corporation e a Supermicro Computer, Inc. anunciaram uma parceria estratégica para desenvolver o que será o primeiro data center de inteligência artificial em grande escala da América Latina. Avaliado em R$ 6 bilhões, o projeto será instalado em Maringá (PR), dentro do recém-criado Parque Tecnológico e Zona de Processamento de Exportação da cidade.
A Supermicro será a principal fornecedora de tecnologia do campus, com foco em servidores de alto desempenho e soluções de refrigeração líquida sustentável. O objetivo é criar uma infraestrutura capaz de suportar cargas intensas de trabalho em IA, acelerar a inovação regional e contribuir para o avanço da chamada IA soberana na América Latina.
“Estamos entusiasmados com a parceria com a Supermicro para concretizar o primeiro data center de IA em grande escala da América Latina. Essa colaboração reforça nosso compromisso com a inovação e o avanço tecnológico e fortalece nosso compromisso de impulsionar serviços de IA, segurança cibernética e computação em nuvem soberana de classe mundial diretamente de nossa nova base no Brasil”, conta Fernando Palamone, CEO da RT-One.
Um componente-chave dessa colaboração são as soluções de resfriamento líquido em “escala de rack” da Supermicro, que aumentarão significativamente a eficiência energética e reduzirão a pegada ambiental do data center.
Esses sistemas de resfriamento são essenciais para gerenciar o aquecimento intenso gerado pelas cargas de IA, garantindo operações estáveis e contínuas em velocidade máxima e sob as condições mais exigentes – um requisito fundamental para treinar modelos de IA em larga escala de forma eficaz.
O campus ocupará uma área de 400 mil metros quadrados e terá acesso direto a uma usina hidrelétrica, aproveitando a matriz energética renovável do Brasil para garantir um suprimento contínuo e de baixo custo. Dos 580 MW de capacidade energética previstos para o parque, 400 MW serão destinados ao novo data center.
A RT-One também planeja adotar tecnologias de eficiência energética e sistemas avançados de resfriamento, com a meta de atingir emissões líquidas zero de carbono e gases de efeito estufa.
Segundo as empresas, a combinação de energia limpa, localização estratégica e incentivos da zona de exportação posiciona Maringá como um polo promissor para indústrias de alta demanda computacional, como o treinamento de modelos de IA e operações em nuvem.
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