A inteligência artificial (IA) está dos dois lados do balcão quando se fala de outsourcing de TI (contratação de terceirizados), que não é mais apenas uma tendência, mas uma realidade consolidada no mercado. Essa é a avaliação da diretora de Negócios e Operações da Ahoy, Melissa Gois. Segundo ela, essa área tem crescido significativamente em termos de oportunidades.
“A IA impulsionou a criação de novas vagas e a procura por serviços de outsourcing, pois muitas empresas ainda não possuem a expertise técnica para montar uma equipe interna”, detalha. “Com as mudanças na economia nacional e mundial, as empresas precisam se adaptar, e o outsourcing se torna um caminho eficaz para impulsionar os projetos de acordo com as estratégias das empresa”, acrescentou.
Fornecedora de soluções de mão de obra para clientes de médio e grande porte em diversos segmentos, tanto no Brasil quanto no exterior, a Ahoy, com sede na Região Metropolitana de Curitiba (PR), já utiliza inteligência artificial em várias tarefas. Entre elas estão: criação de descrições de vagas, análise de perfis, desenvolvimento de testes, elaboração de perguntas para entrevistas, criação de templates de comunicação e fornecimento de dicas para onboarding.
A avaliação técnica realizada pela Ahoy, além de contar com um time especialista, também utiliza uma inteligência interna e exclusiva para garantir que o profissional certo esteja de acordo com a demanda, reduzindo o tempo de contratação em até 82%.
“Um projeto urgente pode demandar um profissional com início imediato, enquanto um processo seletivo interno requer burocracias. Uma consultoria, por outro lado, pode atender a necessidades temporárias de forma rápida”, compara Lorena Gritten Rocha, gerente de Recrutamento e Seleção (R&S) da Ahoy.
Segundo Lorena, a dificuldade de encontrar especialistas no mercado é um fator importante que incentiva a busca por serviços de outsourcing. Ela observa que, mesmo nas vagas júnior, as empresas têm buscado profissionais com alguma vivência, além das soft skills mais desejadas, como comunicação e trabalho em equipe, o que dificulta a absorção de recém-formados no mercado de trabalho e acaba valorizando aqueles que têm experiência e tendem a buscar melhores remunerações.
De acordo com Melissa, “além deste fator do mercado, as empresas, em sua maioria, não possuem um time de recrutadores especialistas em tecnologia, dificultando a possibilidade de avaliar se um profissional tem a competência técnica necessária para executar o projeto interno”.
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