A inteligência artificial não é apenas mais uma novidade tecnológica: ela simboliza uma transformação tão profunda quanto as grandes revoluções industriais do passado. Para Reginaldo Boeira, CEO do KNN Group — conglomerado que integra mais de 12 empresas —, reconhecido conferencista e especialista em empreendedorismo, a IA deve ser encarada com a mesma seriedade com que, no passado, se recebeu a introdução dos tratores no setor agrícola.
“Lembro bem da comoção nas zonas rurais quando surgiram as máquinas agrícolas. Muitos acreditaram que iriam perder seus empregos. Hoje, o que falta é gente qualificada para operar essas máquinas. Com a inteligência artificial, o caminho será o mesmo: não se deve ter medo, mas sim, aprender”, compara.
Neste cenário de mudanças rápidas, Boeira compartilha cinco posturas essenciais para que executivos e lideranças não fiquem para trás. A primeira é fomentar uma cultura guiada por dados. “Não dá mais para tomar decisões com base apenas na intuição”, afirma. O segundo aspecto é o compromisso com a inovação contínua, já que o mercado não avisa quando vai se transformar — ele simplesmente se transforma.
A terceira atitude é investir na qualificação permanente das equipes. Para Boeira, a vantagem competitiva estará com as empresas que priorizarem educação e desenvolvimento, compreendendo qual tecnologia melhor se encaixa em suas áreas de atuação. A quarta orientação é incorporar a IA de forma ética e consciente. “A tecnologia deve ser uma aliada do ser humano, nunca um substituto cego”, alerta.
Por fim, Boeira ressalta que os CEOs precisam começar a estudar como a inteligência artificial pode aprimorar os processos de decisão estratégica, por meio de modelos preditivos — ferramentas capazes de examinar grandes quantidades de dados e prever cenários futuros com alto grau de precisão.
“Com essas ferramentas, quando usadas como aliadas, é possível antecipar tendências, identificar oportunidades e evitar erros antes mesmo que eles aconteçam. Isso não apenas aumenta a assertividade das decisões, como também reduz significativamente os riscos envolvidos em cada escolha”, explica.
Boeira ganhou destaque por liderar com base em uma filosofia que une gestão centrada nas pessoas, educação prática e visão estratégica de longo prazo. “Estamos vivendo um momento tão transformador quanto o da Revolução Industrial. Só que, agora, tudo acontece em meses, não em décadas. Liderar em tempos de IA exige coragem, estratégia e, acima de tudo, preparo”, conclui.
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